Ambos os modelos têm vantagens e desvantagens. Conhecê-las é a melhor forma de tomar uma decisão de compra assertiva.
O aparelho de ar-condicionado pode ser um grande aliado no combate ao calor e na preservação da vida útil de equipamentos eletrônicos, mas, no fim do mês, é um dos vilões da conta de energia.
Neste ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já anunciou que a tarifa terá aumento de até 13%. Isso se deve ao aumento do consumo no verão, com mais banhos, uso de mais climatizadores, etc, além da falta de chuva.
A crise hídrica reduz a capacidade das hidrelétricas de gerarem energia, sendo preciso recorrer a outras fontes mais caras, como as termelétricas, e o custo é repassado ao consumidor.
Outro ponto importante alegado pela instituição é que, no ano passado, por conta da crise sanitária, não houve repasse do valor das tarifas ao consumidor. Portanto, querem compensar esse déficit agora, em 2021.
Isso não significa que você precise abrir mão do aparelho de ar-condicionado que há tempos vem namorando. Basta conhecer aquele que pode gerar maior economia, além de repensar os hábitos.
Apagar as luzes quando não estiver no cômodo, trocar lâmpadas comuns pelas de LED, comprar equipamentos com selo de economia do Procel e retirar aparelhos stand-by da tomada são algumas das medidas que podem ser adotadas para colaborar com a economia.
Fiação elétrica
Antes de escolher o modelo de aparelho ar-condicionado para sua residência, é imprescindível chamar um eletricista para fazer um diagnóstico da instalação elétrica do local.
Essa medida é importante porque pode prevenir problemas sérios, como curto-circuitos, choques e queimas de aparelhos, mas principalmente, promover a economia de energia.
Uma instalação antiga e com remendos pode gerar fugas de energia em relação a qualquer tipo de aparelho eletrônico. Dessa forma, você acaba pagando mais no fim do mês por algo que não chegou a consumir.
A fuga de energia também pode ser potencialmente perigosa, uma vez que gera aquecimentos em tomadas e pontos da casa, aumentando o risco de danos a aparelhos, curto-circuito e até incêndio.
Selo Procel
Esse selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) não é meramente ilustrativo: ele realmente aponta para o consumidor quais são os aparelhos com menor consumo de energia, favorecendo uma decisão racional e pautada na economia.
Estudos apontam que um aparelho de ar-condicionado que esteja na categoria A do selo Procel é capaz de economizar 20% mais energia que um equipamento antigo, produzido antes desse tipo de classificação.
Formas de uso
A maneira como o consumidor usa o aparelho de ar-condicionado também faz a diferença no bolso no final do mês, independentemente de qual seja o modelo escolhido: split ou de janela.
É fundamental que o consumidor avalie criteriosamente o local de instalação do aparelho e faça medidas para saber qual é a capacidade necessária para climatizar aquele ambiente.
Se comprar um aparelho “fraco” para o tamanho do cômodo, você vai acabar gastando mais energia, porque o eletrônico terá de trabalhar mais para dar conta de resfriar todo o ambiente.
Também é importante checar se no local não recebe luz do sol diretamente. Nesse caso, a luminosidade pode elevar a temperatura do cômodo, fazendo com que o aparelho precise compensar, trabalhando mais.
Se for ligar o ar-condicionado, feche portas e janelas para que o ambiente resfrie mais rapidamente. Aqui, ocorre o mesmo princípio da geladeira: a entrada de ar quente demanda mais funcionamento e, consequentemente, mais gasto de eletricidade.
Instale o aparelho em locais bem ventilados. Isso vai facilitar que o ambiente fique climatizado mais rapidamente. Manter os filtros sempre limpos também é importante para que o fluxo de ar tenha boa saída.
É preferível deixar o aparelho o tempo todo ligado a uma temperatura média, como 23°C ou 25°C. O ar soprado pelo ar-condicionado é sempre mais frio, pois a ideia é que o ar refrigerado se misture ao do ambiente para atingir a temperatura desejada.
Portanto, deixar o eletrônico em uma temperatura muito baixa vai exigir maior potência do aparelho por tempo prolongado, o que vai consumir mais energia elétrica.
Split ou janela
O modelo janela tende a ser mais econômico no momento da compra, mas não necessariamente promove economia de energia ao longo do tempo de uso.
Segundo o Procel, o aparelho split com tecnologia inverter pode poupar de 40% a 70% mais energia que os modelos de janela menos econômicos, além de ser mais silencioso.
Esse modelo é mais caro na hora da compra e da instalação, mas pode promover maior economia ao longo dos meses, conforme for utilizado.