Neste ano, haverá um reajuste grande nos preços dos planos de saúde, por isso, a coparticipação empresarial se tornou uma opção bastante atrativa para os brasileiros. Confira porque houve esse grande aumento.
Em 2021, os planos de saúde tiveram um reajuste no preço, compensando de forma retroativa o ajuste suspenso no ano passado.
Em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, as empresas não realizaram essas alterações nos preços. A cobrança foi realizada em 12 parcelas iguais, sendo descontadas a partir de janeiro de 2021.
Ao realizar a cobrança, as empresas dos planos de saúde deverão deixar explícitas todas as informações relativas ao aumento do preço e do reajuste.
No boleto, deve constar o valor da mensalidade do plano e qual parcela da adequação está sendo cobrada.
Um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), mostrou que os preços dos planos de saúde ficaram até 50% mais caros do que nos anos anteriores.
E por causa disso, mais empresas têm apostado na coparticipação, oferecendo esse auxilio junto com os demais benefícios empresariais, sendo assim um atrativo para os brasileiros.
Pandemia x Planos de saúde
Dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade formada por 15 grupos de operadoras de saúde, em 2020, por conta da pandemia, houve uma redução dos gastos das prestadoras de serviços.
Segundo o advogado Rodrigo Araújo, “muitas pessoas deixaram de utilizar os serviços com medo de ir até o hospital, com medo de ficar em um ambiente mais sujeito à infecção. […] Foi um ano que gerou um lucro importante para as operadoras de saúde”, afirma.
Segundo a FenaSaúde, “os custos das quase 700 operadoras de planos de saúde do país com atendimento a pacientes com Covid somaram R$ 27 bilhões entre março de 2020 e abril de 2021”.
As empresas associadas à entidade, que representam quase 40% do mercado, tiveram custos de R$ 13, 5 bilhões.
As despesas consideradas na pesquisa levaram em conta os custos com leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), leitos de internação e exames de detecção do vírus.
Adesão de novos beneficiários
Em abril de 2021, a Agência Brasil divulgou que os planos de saúde tiveram a adesão de 1 milhão de novos beneficiários durante a pandemia. Atualmente há 48 milhões de usuários de planos, sendo o maior número desde 2016.
Os planos coletivos empresariais foram os que mais cresceram, tendo um aumento de 2,48%.
Segundo o site, os idosos (acima de 59 anos) foram os que mais contrataram esse tipo de plano, representando 3,8%.
Já as pessoas abaixo de 59 anos que utilizam planos empresariais representaram um aumento de 2,36%. Já os planos individuais ou familiares tiveram uma expansão de 0,07%.
Nesses modelos, os idosos também foram os que mais contrataram, representando 2,65% do total.
Mudanças de plano
Buscando evitar gastos elevados com os planos de saúde, algumas pessoas estão preferindo trocar seu plano de saúde por um mais barato.
Estudos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), houve um aumento de 40% na busca por protocolos de portabilidade de carência.
Portabilidade de carência é um direito do cidadão de trocar seu plano de saúde ou operadora que presta o serviço sem ser obrigado a cumprir períodos de carência (em que não pode realizar alguns tipos de exames e consultas) ou cobertura parcial temporária.
Portabilidade
Para realizar a portabilidade de carências alguns pré-requisitos são determinados pela ANS, como estar há um tempo mínimo no plano de saúde atual e não possuir pendências financeiras com a prestadora de serviço.
Algumas pessoas, especialmente, idosos e pessoas que estão realizando algum tratamento poderão ter mais dificuldade para realizar a troca. Nesses casos, o cliente pode:
- Acionar a Justiça para analisar o preço do plano atual e conferir se a cobrança não é abusiva;
- Ou fazer uma reclamação em órgãos de defesa ao consumidor, como o Procon (Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor).
Para realizar a portabilidade de carências, o usuário deverá apresentar alguns documentos para a operadora de plano de saúde e aguardar a resposta da mesma. Os documentos necessários para essa mudança são:
- O comprovante das três últimas mensalidades ou um comprovante da empresa atual afirmando que o cliente está com as parcelas em dia;
- Um comprovante do tempo mínimo de permanência no plano de saúde, nesses casos pode se usar o contrato assinado ou uma declaração da empresa;
- Uma declaração de que os planos são compatíveis, ou seja, o valor é igual ou menor do que o plano atual;
- Se o plano for coletivo, deve-se apresentar um comprovante de que o usuário está apto para o ingresso.
Para saciar mais dúvidas ou consultar a compatibilidade dos planos de saúde, o cliente pode acessar o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Plano de saúde empresarial
Muitas empresas, buscando ser um atrativo para novos talentos ou querendo motivar seus colaboradores apostam em benefícios empresariais, como Vale Transporte, Auxílio Educação e Plano de Saúde Empresarial.
Segundo a SEGS, o plano colaborativo de empresas e funcionários representa, atualmente, 67% dos usuários do serviço de saúde.
Nesse modelo, as empresas pagam uma parte da mensalidade do benefício, e o colaborador a outra, custando assim bem mais barato.
Telemedicina
Segundo uma pesquisa da empresa Mercer Marsh Benefícios, outra tendência causada pela pandemia é a medicina remota, ou seja, de forma totalmente on-line, com o paciente não precisando se deslocar.
De acordo com os dados, 54% das empresas adotaram a telemedicina e 40% começaram a oferecer a terapia on-line para seus colaboradores.
A pandemia de Covid-19 trouxe diversos desafios, incluindo uma maior despesa com a saúde. Mas ela também foi responsável por trazer diversas inovações para dentro das empresas, como a coparticipação nos planos de saúde dos colaboradores, a adesão a telemedicina e a terapia on-line. Não deixe de dar uma olhada na Revista Mais Saúde para ler mais conteúdos como esse.