As cooperativas de crédito prestam serviços financeiros a seus associados, funcionando de forma semelhante a um banco tradicional. Conheça mais sobre cooperativismo financeiro!
A cooperativa de crédito é uma associação de pessoas e, apesar da natureza jurídica, não tem fins lucrativos. O objetivo é oferecer crédito e produtos financeiros aos associados com taxas de juros reduzidas.
O cooperativismo financeiro segue uma regulamentação própria e integra o Sistema Financeiro Nacional.
Existem muitas dúvidas envolvendo o assunto: afinal, como funciona uma cooperativa? Quais as vantagens? Existem leis específicas que as regulamentam? Por que tantas pessoas se associam?
Como funciona uma cooperativa de crédito?
A cooperativa de crédito — também chamada de cooperativa financeira — é uma instituição financeira sem fins lucrativos que tem em seu cerne o propósito de prestar serviços financeiros às pessoas que estão associadas a elas.
A Lei 5.764/1971 define a Política Nacional do Cooperativismo, institui o regime jurídico deste tipo de sociedade e traz a regulamentação geral aplicável às mesmas.
Com ela, a Resolução 4.434/2015 do Banco Central do Brasil versa a respeito da constituição, funcionamento, alterações estatutárias e cancelamento de autorização para funcionamento de cooperativas de crédito.
Outra norma importante sobre o assunto é a Lei Complementar 130/2009, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.
Perceba que as cooperativas têm um consistente arcabouço legal, o que é sinônimo de segurança para os associados e usuários deste tipo de serviço.
Seu funcionamento é relativamente simples. Na prática, a cooperativa se organiza por meio de uma rede de ajuda, a fim de prestar serviços financeiros a seus associados, assim como um banco.
A diferença é que os associados se reúnem e tentam, coletivamente, realizar ações que provavelmente não seriam possíveis se fossem realizadas de forma individual.
Quais os objetivos de uma cooperativa de crédito?
O funcionamento das cooperativas está diretamente atrelado a seus objetivos, que visam solucionar os problemas enfrentados pelos associados.
Entre esses objetivos, destacamos a criação de instrumentos que facilitem o acesso ao crédito e outros produtos financeiros pelos associados, a oferta de empréstimos com taxas de juros menores do que as praticadas pelo mercado, a integração com e entre micro e pequenos empresários.
Além disso, as cooperativas buscam oferecer assistência de crédito e outros serviços bancários aos associados, com condições mais atraentes e visando promover o desenvolvimento econômico tanto dos associados como da região em que estão inseridas.
Quais as vantagens da cooperativa de crédito?
O associado é considerado um dos “donos” da cooperativa: esse é um grande diferencial. Sendo assim, ele pode participar das assembleias, expressar sua opinião e ter direito ao voto.
Outra vantagem do uso dos serviços de uma cooperativa de crédito são as taxas de juros mais baixas, se comparadas às de serviços bancários comerciais.
Além de mais baixas, em alguns casos sequer são cobradas tarifas por serviços como transferências e cadastros, por exemplo.
Os rendimentos acima do mercado também são considerados uma vantagem relevante. O associado que tem uma boa reserva financeira pode aplicá-la na cooperativa e ter rendimentos superiores ao oferecido pelo mercado.
Como a cooperativa tem isenção tributária, a taxa de retorno aos cooperados é mais alta. Além disso, o dinheiro fica protegido pelo FGCoop.
Por fim, o atendimento das cooperativas financeiras é diferenciado. Ser bem recebido e ter o atendimento adequado é uma dificuldade enfrentada por clientes de bancos comerciais e um diferencial quando se trata de cooperativas de crédito.
Vale a pena se tornar um associado?
Associar-se a uma cooperativa de crédito pode ser muito vantajoso, especialmente para quem busca taxas de juros mais atraentes e um atendimento personalizado.
Os interessados em se associar devem entrar em contato com a cooperativa, que deve solicitar um rol de documentos como: identificação e comprovante de residência, ficha proposta assinada (fornecida pela própria cooperativa) e adesão pelo Conselho de Administração, com subscrição das cotas e integralização do capital.
Vale destacar que o associado deverá investir capital para entrar na cooperativa, mas esse valor geralmente é simbólico.
Para ter acesso a mais informações, é necessário entrar em contato com a cooperativa financeira à qual você deseja se associar.