Na busca por distinções sutis entre as escritas de duas pessoas, emerge a técnica da grafotecnia como uma ferramenta valiosa.
Este artigo revela sete orientações cruciais para quem aspira se tornar um perito grafotécnico.
Além disso, oferece uma visão abrangente dos requisitos profissionais e do panorama do mercado de trabalho neste campo da perícia.
Desvendando a Perícia Grafotécnica
Também conhecida como grafoscopia, a grafotecnia integra a documentoscopia, sendo responsável por realizar análises meticulosas das escritas para verificar a autenticidade, autoria ou falsificação de diversos documentos, tais como assinaturas, laudos, atestados médicos e cartas anônimas.
Este processo envolve a identificação de padrões e pequenas alterações na grafia, através de minuciosas investigações por confrontação.
A chave reside na comparação do documento em análise com um padrão de confronto, que é a escrita autêntica da pessoa sujeita à investigação.
A análise abarca uma série de exames técnicos, incluindo aspectos como espaçamento, calibre, inclinação da escrita, proporção gráfica, valores curvilíneos e fatores genéricos como pressão, momento gráfico, progressão, remate e mínimo gráfico.
Ao ponderar as convergências e divergências entre os escritos, é possível concluir se o documento é genuíno ou falsificado.
Contudo, ao buscar determinar a autoria de uma escrita, o resultado é mais complexo, implicando na identificação do autor ou autora da grafia.
Sete Dicas para se Tornar um Perito Grafotécnico
1. Fundamentos Éticos e Responsabilidade
Como pré-requisito para profissões ligadas à área criminal, a ética, imparcialidade, sigilo e busca pela justiça são imperativos.
A responsabilidade é imensa, pois uma perícia grafotécnica pode moldar o destino de indivíduos.
2. Investimento na Formação
Embora não exista uma faculdade dedicada exclusivamente à perícia grafotécnica, é crucial investir em cursos livres que, apesar de não serem reconhecidos pelo MEC, são essenciais para exercer a profissão.
O Curso de Documentoscopia e Grafoscopia oferecido pelo Instituto FEBRABAN de Educação, em formato online, ou programas que incluem a perícia grafotécnica nas ciências forenses e perícia criminal, são opções valiosas.
3. Cadastro e Busca de Oportunidades
Após a formação, cadastrar-se em tribunais de justiça, empresas, cartórios, bancos, escritórios de contabilidade e advocacia, bem como explorar sites especializados em vagas online, é uma rota promissora.
Um currículo bem elaborado, enfatizando competências e formação, é crucial para se destacar.
4. Explorando Pós-Graduações
Embora não obrigatória, uma pós-graduação pode aprimorar o perfil do perito grafotécnico.
Programas como a pós-graduação EAD em perícia grafotécnica da Unyleia ou o curso direcionado a pedagogos oferecido pela faculdade UNINA, ampliam o conhecimento e aprofundam a prática.
5. Dedicação ao Estudo Contínuo
O reconhecimento na área provém da dedicação ao estudo constante.
Participar de eventos como seminários, workshops e congressos garante atualização frente às tecnologias e abordagens emergentes.
6. Dominando a Prática
Realizar exercícios, avaliar casos e aplicar conceitos em situações reais aprimora as habilidades do perito, garantindo resultados refinados.
7. A Confiança como Atributo Central
As orientações anteriores culminam na construção da confiança profissional.
Dado o caráter de responsabilidade elevada, um perito grafotécnico deve estar inteiramente seguro de suas ações, atualizado com tecnologias e ciente das implicações legais.
Em um mundo onde as nuances das escritas podem ser cruciais, a perícia grafotécnica emerge como uma ferramenta inestimável.
Com base nas diretrizes mencionadas, aspirantes a peritos podem pavimentar o caminho para uma carreira bem-sucedida neste campo exigente e recompensador.